Gostava de te dizer que, para mim, o nosso amor está quase tão apagado como este cigarro,  mas estaria a mentir-te com todos os dentes que tenho na boca. Podia tentar entrar num joguinho engraçado, mas eu já perdi o jeito para isso. Sinto que fui completamente arrumada no meu próprio jogo. E sinto que nunca mais o quero voltar a jogar. Sinto-me uma confusão tremenda e não sei sequer por onde pegar a minha vida desde que partiste. Não é que eu precise de ti, mas todos os dias.. todos os dias me pergunto o porque dos dias terem sido melhores, quando estavas por perto. Porém, considero-nos completamente arruinados. Sinto que nem um bocadinho de 'nós' ficou para eu amar. Quem és tu e quem foste tu, são duas das perguntas que mais me assombram o pensamento. Nunca conhecerei a parte de ti que eu mais queria ter conhecido. Também nunca me deixaste, não é? E eu não sei ao certo o porque de te ter deixado conhecer as partes mais estranhas de mim. Para mim, o nosso amor foi tudo menos banal. E não consigo apontar-te um erro. Não por terem sido tantos. Foram. Mas não consigo apontar um erro teu, sem me lembrar dos meus. Tu podes ser uma porcaria, mas nunca tiveste problema em mostrar que o eras. Eu, pelo contrário, limito-me a ser uma porcaria e tento disfarça-lo. Tu és o pior tipo de melhor pessoa que eu já conheci. E eu só queria, que por segundos, errado com errado desse certo.