“A verdade? Ok, a verdade. Eu preciso mesmo de você. Seu grande cafajeste e o pior tipo de belo filho da puta. Odeio palavrões, você sabe disso. O nosso lado desequilibrado e sem jeito sempre foi seu (e um pouquinho meu). Eu sempre tentei me manter firme na corda bamba, mas sempre fui o pior tipo de desastre. Eu juntei meu desastre com o desequilíbrio, e você pensa mesmo que isso podia ser alguma coisa? Não. Você não pensa, nem eu. O problema? Ok. O problema, a gente sempre foi “nada” e eu sempre aceitei isso. Porque nosso nada tinha você, bastava. Supria todos os dias da semana que você sumia, e me procurava nos finais de semana. Ah, eu odiava isso. A minha necessidade de você sempre foi exagerada, porque, eu sou exagerada. Eu sou exagerada e eu sou desequilibrada. Eu disse desequilibrada? Taí, o problema de entrar tão na sua e sair tão de mim. Eu que era desastrada, tomei conta até dos seus defeitos. Eu queria muito te ligar na quarta e dizer “ow, você só precisa de mim nos finais de semana? Pode fingir que precisa de mim hoje?”. Mas o problema é que eu sou medrosa, e você também. Você tem medo de sentir, porque não sabe lidar. Eu também não sei, nunca soube por onde começar a arrumar a bagunça que você é. Acho que foi por isso que nunca arrumei. E acho que foi por isso que você foi tão ancora, e me prendeu no chão. E o chão,, também era você. Eu odeio essa necessidade estúpida que eu tenho, essa mania ridícula de sempre te por em tudo. Eu sempre fiz o tipo esvaecida e durona, você sabe. Eu nunca disse sobre amor, conto de fadas, finais felizes e romances clichês. Porque amor estraga tudo. Porque contos de fadas iludem demais. Porque eu odeio finais e porque gosto da diferença. O que é que você tem de diferente? Nadinha. Você é só mais um cara que não presta, que garotinhas que acham que podem mudar um cara errado se apaixonam. Mas as garotinhas desapegam uma semana depois, quando vêem que você não tem jeito. O problema é que eu fui na sua bagunça. Eu fui e eu não quis mudar nada. Deve ser por isso que eu não desapeguei, Stubb. Eu devia mesmo te chamar de “amor”, mas não do jeito clichê. Não do jeito “casal” e bonitinho. Eu devia te chamar de amor porque… Como eu disse, amor estraga tudo. E estrago me lembra você. A pior pessoa que eu já tive o desgosto (prazer) de conhecer. O pior é que, eu sempre tô indo embora. Assim como você. Eu sempre to batendo a porta e os pés. Mas aí você me liga, e fala baixinho que eu posso te dar tchau quanta vezes eu quiser. Contanto que meu “oi” venha depois. Sabe qual seu maior dos maiores defeitos? Você vive em função de chegar perto só do que você sabe que não vai te dar nenhum tipo de sentimento (quaisquer que seja, você tem alergia a eles) e foge do que te prende. E o mais irônico nisso tudo, é que você sempre me comparou a algemas.”
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