Oh minha pequenina,
escuso de dizer que me puseste a chorar certo? As tuas palavras conseguem sempre tocar no meu coração de uma maneira inexplicavél e acredita isso não é algo facíl de conseguir. Tu sabes que eu te conheço, como mais ninguém conhece. Sabes que conheço cada jeito, cada sorriso, cada palavra tua e consigo perceber sempre o que se passa contigo e dentro dessa cabeçinha que por vezes consegue ser mais maluca do que tu. Eu sei perfeitamente que há coisas que dizes que não te afetam sequer quando eu sei que assombram todas as tuas noites, que te criam insónias. Coisas que tu preferias apagar da tua vida e esquecer por completo que foste a personagem principal de tais capítulos. E eu entendo-te de uma maneira louca e sem sentido algum. As marcas que o teu coração tem, por mais saradas que estejam, conseguem parecer mais vivas do que qualquer coisas, certas vezes. Vais dizer-me que não? Não me mintas, não a mim é que acho que já chegaste á conclusão que não vale a pena. Mas nesses dias, em que o passado te assombra, em que não te aptece sequer levantares-te, nem ver a luz do Sol, lembra-te das pessoas completamente incrivéis que tens do teu lado. Lembra-te o que o teu passado cheio de feridas e cheio de mágoa te trouxe. Trouxe-te um presente fantástico. Um presente cheio de pessoas que fariam tudo por ti, que iriam de uma ponta do Mundo á outra apenas para te ver sorrir, que te amam mesmo com esse teu feitio que por vezes consegue irritar qualquer um. Pensa comigo, por mais que as pessoas do passado de que tu tanto gostas, fossem pessoas fantásticas, te compreendessem de uma maneira imaginavél, achas que algum dia elas fariam tudo o que as pessoas que estão presentes neste momento fazem? Pequenina, não quero estar a tirar conclusões precipitadas mas olha que a minha opnião ácerca disto é um não, sem dúvida nenhuma. E a prova disso, foi terem-te deixado. Terem-te partido o coração de uma maneira imaginavél. Eu juro que te consigo imaginar, todas as noites a pensares em todos os erros que tinhas cometido. Juro que imagino, que te culpabilizasses de tudo. Pois bem, tu não tiveste culpa nenhuma! Por mais erros que tenhas cometido se elas gostassem realmente de ti, não te teriam deixado naquele estado lastimavél. Em relacção a amores, minha linda eu não te critico. Nem um bocadinho, sabes? Nós somos tão identicas. Eu sei o que é isso. Eu sei o que é uma pessoa lidar com os teus sentimentos da maneira que quer, fazer de ti o que lhe aptece, brincar com o teu coração e tu simplesmente sorrires como se nada daquilo te magoasse. Eu também mudei imenso, graças ao rapaz que me partiu o coração de uma maneira que nos dias de hoje, parece pequena. Tornei-me mais arrogante, tornei-me mais independente. Tornei-me também mais insegura e deixei de confiar em todos. Nos dias de hoje, se queres que te seja sincera, até me dá um certo gozo ver o estado em que ele fica sempre que me ve. Dá-me vontade de rir, sempre que ele me dirige a palavra e pergunto-me centenas de vezes, como é que fui capaz de amar aquele ser que nos dias de hoje, já nada me é? Sabes o que é amares alguém e não restar nada de seguida? Não restar amor, não restar carinho, nem raiva, nem ódio. Apenas me resta uma indiferença que nada consegue substituir. E é esta indiferença toda que me faz perceber que da nossa história, só me resta mesmo lembranças e recordações de algo que já foi um grande amor. Eu mesmo que diga que não percebo, eu percebo todas as tuas atitudes. Eu percebo a tua arrogancia toda, quando falo em certos nomes. Eu percebo a tua inconstancia, com certas atitudes minhas. Eu percebo certas caras que me fazes, quando digo certas coisas. Mas tu sabes melhor do que todos, que eu nunca oiço ninguém. Que eu sigo sempre o caminho que acho correto mesmo que noventa e nove das vezes esteja errado. E tu és igualzinha, por isso nem digas mais nada. Continua a dar-me na cabeça, eu juro que guardo os teus conselhos e que os uso sempre que chega a altura. Podes nem acreditar, mas eu oiço-te imensas vezes, mesmo que diga que vou fazer exatamente o contrário. Muitas vezes, é todos esses conselhos que não me deixam ir abaixo e me ajudam a manter o equilíbrio nesta corda que cada dia que passa, se torna mais fina. Oh, sabes perfeitamente que é muito dificil para mim, certas pessoas desiludirem-me. Eu ofereco todo o meu mundo, tudo o que tenho e só peço um pouco de compreensão e que se mantenham do meu lado, mas parece que isso é demais porque mais que metade das pessoas não o consegue cumprir. E isso doí tanto, pequenina. Deixa-me com o coração ainda mais partido e torna-se tão mas tão dificil continuar a fingir que nada se passa. Que nada me afeta. E tu conheces esta sensação melhor do que ninguém. Sabes o que é estares no meio de uma multidão e sentires-te sozinha? Olha é assim que eu me sinto todos os dias. E tal coisa ainda se nota mais, sempre que alguém me deixa. Eu sei que ao desculpar as pessoas, só estou a permitir que elas me magoem. Que elas pensem que podem brincar comigo e com o meu coração, quando tal é algo inaceitavél, mas que é que tu queres minha pequenina? Que deixe de desculpar tudo e todos? Ninguém é perfeito, muito menos eu, por isso eu não posso julgar as pessoas por qualquer erro que elas cometam certo? Tu lá no fundo, sabes que eu também tenho o meu lado da razão, vá. És a pessoa mais presente e tu sabes disso. És a pessoa a quem dou mais valor e eu nunca irei abdicar de ti, nem da nossa amizade. Tu sabes tudo. Conheces-me de uma maneira tão estranha, mas também ambas o somos. Tu sabes quando estou a soltar gargalhadas verdadeiras e quando estou a forçar o riso. Sabes quando estou a usar o sarcamo que é algo tão tipíco da minha parte e sabes quando estou verdadeiramente feliz. Sabes quando algo me afeta e quando algo me dá umas esperanças doidas. Eu tenho tanto orgulho em ti, tu nem imaginas o quanto minha pequenina. Eu por mim, estava contigo, a toda a hora. Estava sempre a rir contigo, a fazer caretas para me achares ainda mais parvinha, estava sempre a desafinar ao cantar musícas que apenas nós ouvimos. Mas sabes que isso, por enquanto é algo impossivél. Mas não te preocupes, a distancia nunca afetou a nossa amizade. E acredita, que penso em ti todos mas todos os dias. Lembro-me sempre de ti quando estou mal, lembro-me sempre de ti quando estou feliz, lembro-me de ti em tudo o que faço. Se eu me aguento tanto e há tanto tempo é tudo graças a ti. Estes dez meses, se me ando a aguentar tão bem, é a ti que tenho que agradecer. Eu sei que estou a ser uma tonta, eu sei que já devia ter pegado no meu coração e ter fugido a sete pés do rapaz a quem tu guardas tanto carinho, a sete pés. Mas tu de certeza que conheces aquela sensação que nem eu sei bem explicar o que é, mas que te impede de seguir em frente? Oh pequenina, eu gosto tanto dele, sabes? Gosto dele, porque sim. Porque mesmo com todos os defeitos que ele possa ter, mesmo com todas as coisas que ele possa dizer, ele continua a ser o rapaz que eu conheci e continua a ser o rapaz que tem o meu coração. E eu tenho uma vontade tão grande de lutar por ele. Tenho uma vontade enorme de lhe dizer que o amo, que quero ficar com ele e que o lugar dele é comigo, mas isso já não é algo que eu possa comandar certo? Por mais que me custe, eu só o quero feliz e se ele está feliz, eu consigo ficar com o coração um bocadinho menos partido. Não te preocupes comigo, minha pequenina. Manteem-te apenas do meu lado, aconteça o que acontecer. Eu amo-te. Amo-te para sempre. És a minha verdadeira irmã e diz-me lá, não nos vamos ficar por apenas um ano certo?

Sem comentários: